Na sexta-feira (28), o Conselho de Administração da FACIAP – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná reuniu-se em Paranaguá para conhecer o Porto e o Terminal de Contêineres, além de se atualizar com relação aos projetos para a infraestrutura do Estado em seus diferentes modais.
Na ocasião, foi apresentado o Plano Estadual de Logística e Transportes do Paraná – PELT2035, realizado pelo Fórum Futuro 10 Paraná. Entre os itens debatidos, um destaque foi com relação aos custos de operação do Porto de Paranaguáe sua competitividade com relação a portos de outros estados. Novos projetos de ampliação estão sendo estudados para a melhoria dos gargalos.
Outro tema amplamente discutido foi a necessidade de melhoria da malha ferroviária que corta o Estado. De acordo com a explanação do diretor administrativo financeiro da Ferroeste, Carlos Roberto Fabro, a partir da safra do próximo ano a previsão é de que a capacidade de transporte com aquisição de novos vagões seja aumentada, porém para melhoria da malha ferroviária o investimento da iniciativa privada será fundamental. Nos Estados Unidos mais de 70% das cargas de commodities e outros produtos são escoados por ferrovias e hidrovias, onde no Brasil esse percentual é o que segue por caminhões em rodovias cujos gargalos e necessidades também foram temas de discussão, principalmente no nosso estado.
O modal rodoviário no Paraná, que é o principal canal de escoamento da produção, remeteu a uma discussão mais ampla entre os integrantes do Conselho, especialmente com relação ao Anel de Integração do Paraná, que é objeto de inúmeras discussões, vez que o contrato que prevê as concessões das estradas federais do Anel de Integração do Paraná se extinguirá em 2021.
Na última semana, o secretário de Gestão dos Programas de Transportes, Luciano Castro, percorreu todo o Anel de Integração do Paraná, a pedido do ministro dos Transportes Antonio Carlos Rodrigues, a fim de fazer um levantamento das ações realizadas, das não realizações, e das áreas de interferência urbana nas rodovias pedagiadas. De acordo com o secretário, todas as rodovias percorridas durante a visita, perfazem um total de aproximadamente 1.800 km. “O Ministério dos Transportes avalia que todas estão em bom estado de conservação. Rodovias sem buracos, restauradas e com boa sinalização. Foi observada a realização de alguns investimentos, porém ainda existem obras importantes que não foram contempladas. Neste momento, é preciso realizar estudos técnicos para avaliar a viabilidade de se aumentar os investimentos e reduzir tarifas. Um grupo de engenheiros da SEGES (Secretaria de Gestão de Programas de Transportes) fará um estudo mais detalhado da situação da rodovia, das necessidade e prioridade dos novos investimentos a serem realizados. A SEGES vai começar uma agenda com as Concessionárias e o DER do Paraná para avaliar os estudos também apresentados por eles”, afirmou Castro.
Nesta questão, o Conselho de Administração da FACIAP entendeu que a realização de estudos aprofundados é prioritária, acompanhada de amplos debates junto do Sistema FACIAP envolvendo as Coordenadorias e suas respectivas ACEs. É preciso entender as regras a serem propostas de forma clara, os compromissos a serem assumidos, as obras a serem realizadas e os valores dos pedágios a serem praticados. Após as discussões, se a análise mostrar que a antecipação das renovações dos contratos não irá contribuir para desonerar o setor produtivo, será necessário a partir daí, discutir o que queremos nas novas concessões.
Por fim, o Sistema FACIAP espera que seja cumprida a analogia de que a eficiência da “porteira para dentro seja a mesma da porteira pra fora”, pois de nada adianta o setor produtivo investir em tecnologia para aumento da produtividade e superação de recordes de produção anuais se não houver, do lado de fora, ações concomitantes que venham a contribuir para a melhoria da infraestrutura de forma sistêmica.
Fonte: Assesoria de Imprensa da FACIAP